A expressão "Escritura" usada aqui é referência à "Palavra de Deus". É claro que no tempo do apóstolo Paulo só existiam a Torá e os Escritos e era o que eles conheciam. Mas os judeus e os cristãos tinham-na como referência de fé e prática para suas vidas. Timóteo conhecia essa "Escritura" porque sua avó e sua mãe lhe ensinavam ela.
Hoje nós temos o privilégio de tê-la e também ao Novo Testamento, onde o apóstolo Paulo aconselha Timóteo a permanecer firme naquilo que aprendeu sobre as "Sagradas Letras", com Loide e Eunice. Em sua exortação o apóstolo cita três coisas importantes, as quais destaco aqui. Em primeiro lugar a Palavra de Deus é inspiração divina. Em segundo lugar, todo o seu conteúdo foi produzido a partir da ação do Espírito Santo, que inspirou homens escolhidos por Deus para registrarem as coisas que estão escritas na Bíblia Sagrada, conforme o testemunho do apóstolo Pedro: "...porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens (santos) falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." (2 Pd 1.21). Por último, a Bíblia é um manual sagrado destinado a ser instrumento para ensinar, repreender, corrigir e instruir o servo do Senhor, preparando-o "para toda boa obra", o que significa que ela alcança o homem em todas as suas expectativas e necessidades. O conselho do apóstolo Paulo a Timóteo nos confronta. Será que temos procurado examinar e praticar a Palavra de Deus? Mais ainda: realmente cremos que a Biblia é a Palavra de Deus? Uma coisa é certa. Todo o seu conteúdo nos revela a vontade de Deus e preciosas lições e orientações para a vida, como a temos, em qualquer situação. É só uma questão de praticar o que ela nos ensina.
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