"FALSOS MESTRES"

"...entre vós haverá falsos mestres." (2 Pd 2.1a) Falsos mestres e profetas são coisas bem antigas. É o que percebemos quando lemos este capítulo de 2 Pedro, carta escrita entre os anos 65 a 68 d.C., provávelmente em Roma e no tempo de Pompeu. Neste havia muito ódio entre as pessoas e contra os cristãos daquele tempo, em Roma. Este clima afetou profundamente os cristãos. Tudo indica também que a igreja estava sendo atacada por gente que se "disfarçava" de cristão com a intenção de provocar confusão entre os discípulos de Cristo e fazê-los desistirem da verdadeira fé. Estes "falsos mestres" se esforçavam para provocar desvios doutrinários, tentando levar os crentes a renegarem a Cristo, seu poder, sua divindade e sua missão. Esses "falsos mestres" tinham comportamento inadequado ao Evangelho de Cristo, ensinado pelos apóstolos. Eram avarentos, presunçosos, imorais, arrogantes. Dados ao adultério e à luxúria, fúteis e libertinos. Zombavam de Jesus e rejeitavam Sua autoridade sobre a igreja. Nos tempos atuais não tem sido muito diferente. Há muitos "falsos mestres" dentro de muitas igrejas que usam o título de "evangélicas", pregando um "evangelho fácil", conveniente aos desejos da carne e seus apêlos. Uma pregação que questiona a pureza, a divindade, a autoridade, a missão, o amor e o poder de Cristo sobre a Sua igreja. Estão trazendo para dentro da igreja ensinos contrários à Palavra de Deus. Por isso mesmo temos que estar atentos e vigilantes. Precisamos buscar mais conhecimento da Palavra de Deus para não sermos enganados pelos "falsos mestres".

"EVITANDO O TROPEÇO"

"Porque se continuarem a fazê-lo, nunca tropeçarão." (2 Pd 1.10b) O apótolo Pedro inicia a sua segunda carta fazendo seus leitores se lembrarem do chamado específico de Cristo aos seus discípulos, a eleição para a salvação e o desafio pessoal que deve ser praticado por eles, com empenho e esforço, e que os tornará ainda mais preparados para a eternidade - "Dessa forma, vocês serão supridos generosamente com tudo o que necessitam para entrar no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." (v.11). Além da fé em Cristo, seus discípulos devem ter bondade, conhecimento, autocontrole, piedade, afeição natural, amor e perseverança. Estas atitudes têm que fazer parte da vida dos discípulos de Cristo e devem ser praticadas de forma voluntária e natural para que o cristão produza frutos e se aprofunde ainda mais no conhecimento de Cristo e seus ensinos. Quem não pratica tais atitudes é considerado cego pelo apóstolo Pedro. Alguém que certamente age de maneira egoista e se esqueceu do perdão de Cristo para todos os seus pecados. Um comportamento assim provoca "escândalo", "mal testemunho", "tropêço" para a vida cristã. Então, se queremos evitar o tropeço, precisamos ser pessoas de fé, bondosas, piedosas, fraternas, que amem ao próximo e perseverantes, além de praticarmos autocontrole em todas as nossas atitudes. Este comportamento sim, revela um testemunho verdadeiro de que estamos vivendo uma vida digna da fé cristã.

HUMILDADE

"...humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus..." (1 Pd 5.6) Esta declaração do apóstolo Pedro quer dizer, antes de tudo, que não devemos tentar resistir a ação de Deus em todas as coisas que Ele faz em seu santo e sábio propósito ao dirigir a história da humanidade. Devemos sim, nos submetermos à vontade e à direção dEle em nossas vidas porque esse, sem dúvida, o caminho mais seguro para todos nós. A submissão aos designios de Deus para nossas vidas nos leva a experimentarmos plenamente Seu cuidado pessoal para com cada um de nós, bem como percebermos a manifestação sobrenatural do Seu poder sobre nós. O apóstolo Pedro recomenda mais, quando diz: "lançando sobre Ele (Deus) toda vossa ansiedade..."(v.7). Somos encorajados por ele a nos sujeitarmos totalmente ao Senhor, mantendo a perspectiva da nossa pequenez, reconhecendo a nossa dependência total de Deus e lançando sobre Ele toda a nossa ansiedade. Em Seu poder e em sua força Deus sempre cuida de nós em todas as coisas. Ele pode nos socorrer em tudo. Isso é mais do que definitivo para nos submetermos a Ele. Humilhar-se diante do Senhor é reconhecer Seu poder e nossa dependência dele para tudo na vida. Esta atitude nos levará a vivermos profundas experiências com o Senhor e será testemunho pessoal para nós durante toda a vida na terra e na eternidade. Amém.