"...NÃO PRECISO DE VOCÊ..."

"E o olho não pode dizer à mão: não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça dizer aos pés: não tenho necessidade de voces." (1 Cor 12.21) Essa é uma das coisas que definitivamente não podem acontecer com a igreja do Senhor Jesus. Ninguém consegue caminhar de maneira saudável se estiver sozinho. E não é diferente no contexto da igreja. Nela há uma necessidade enorme de companheirismo e compartilhamento entre os crentes. Qualquer crente que queira seguir em frente não pode pensar que tem condições de caminhar sozinho. No capítulo 12 de 1 Corintios o apóstolo Paulo nos ensina a respeito da unidade da igreja. Precisamos ser unidos. Por quê? - "...todos fomos batizados em um só Espírito para sermos um só..." (v.13). Ele compara a igreja ao corpo humano e destaca a interdependência dos seus membros, independente da posição que ocupem. Pé ou mão; olho ou boa; todos são igualmente importantes e necessários no corpo, dentro de funções específicas. Cristo é a cabeça da igreja e nós os membros desse corpo lindo. "Vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, membros desse corpo.(1 Cor 12.27). O apóstolo Paulo apresenta uma lista (vv.28-30) mas a começa dizendo: "...Deus designou..." Então é Deus quem manda em tudo. No nosso corpo e na igreja. Aí concluimos que se Deus nos colocou em uma igreja como pastores, presbiteros, diáconos, líderes dessa ou daquela área dentro da igreja, devemos ser gratos a Ele e, com alegria, temor e tremor e humildade, servir à igreja onde estamos felizes por causa do privilégio que Ele nos deu. Trabalhe com alegria em sua igreja, independente do dom que tenha, da atividade que exerça, mas busque crescimento espiritual porque "...um só Espírito realiza todas essas coisas, distribuindo-as individualmente conforme deseja." (1 Cor 12.11)

"QUAL É O SEU DOM"?

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para benefício comum." (1 Cor 12.7) O apóstolo Paulo se refere especificamente às diversas formas pelas quais experimentamos a realidade espiritual. Havia entre os corintios uma obcessão pelas coisas sobrenaturais porque antes de conhecerem o Evangelho de Jesus eles viviam experiências místicas e mitológicas do paganismo grego que imperava nas cidades da Grécia antiga. Os crentes coríntios que antes eram pagãos ainda traziam algum comportamento resultante dessa influência e de sua inexperiência na vida cristã. O apóstolo os orienta e adverte para que não se confundam com as coisas. Qualquer que fôsse a experiência anterior deles, agora eram novas criaturas e suas experiências são com o Espírito Santo de Deus e quem vive debaixo da "ação do Espírito Santo" glorifica ao Senhor Jesus e confessa ele como Senhor e Filho de Deus (1 Cor 12.3). A diversidade de dons, de ministérios e de realizações é obra somente do Espírito Santo e ninguém mais tem esse poder. Ele faz isso para a capacitação de cada crente e da igreja para a missão de pregar o Evangelho tão somente. Não tem nada de místico, misterioso ou mitológico. Os dons são "presentes de Deus para a sua igreja, segundo o Seu amor". Sabedoria, conhecimento, fé, cura, milagres, profecia, discernimento espiritual, variedade e interpretação de línguas, são o resultado da Graça de Deus agindo em favor dos Seus filhos amados, concedido a todos. Não é privilégio de mais "santos" ou supostamente "poderosos". Os dons são para toda a igreja, segundo a vontade de Deus e para o bem comum da igreja. Seja qual fôr o dom que Deus lhe tenha dado, use-o para ser benção na tua igreja, viu? Cuidado com o orgulho e a vaidade, porque isso é pecado. Deixa Deus te usar através do dom que Ele te deu para abençoar a igreja onde ele te colocou. Amém??

"USOS E COSTUMES" (ÁGAPE)

"Pois quando comeis, cada um toma antes a sua própria refeição..." (1 cor 11.21) À primeira vista a frase citada acima nos leva a pensar na idéia do egoísmo - "cada um toma antes" - e nos remete à uma pergunta: "o quê isto tem a ver com a Ceia do Senhor como a conhecemos hoje?" Os cristãos do primeiro século se reuniam todo o primeiro dia da semana (domingo) e comemoravam o "ágape", um encontro onde todos comiam juntos, à vontade, e os mais necessitados eram ajudados. Nesse encontro havia um momento específico quando acontecia a celebração da "Ceia do Senhor" do jeito que foi ensinada por Jesus (Mt 26.17-30). Depois todos tomavam as refeições. O maior problema não é a comida ou a bebida, mas o comportamento de alguns crentes - o descontrole, a gula e o egoísmo. Alguns descontrolados e afoitos comiam e bebiam demais, sem pensar no grupo, e cometiam "falta de educação" e desrespeito para com o propósito principal do "ágape" e da celebração da Ceia do Senhor provocando balbúrdia e escândalo. Uns comiam demais, outros não comiam nada. Outros se embebedavam. E havia entre eles alguns que ficavam doentes, possívelmente porque comiam e bebiam demais. Que coisa triste não é mesmo? Acontecer coisas assim entre os servos de Jesus Cristo é muito desagradável. Espera-se de um crente que este seja, no mínimo, educado na hora de comer e beber, concorda? O apóstolo Paulo alerta que "quem come e bebe sem ter consciência do corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação."(11.29). Ele quer dizer, sem respeito ao Senhor Jesus e ao que ele ensinou aos seus seguidores. O apóstolo nos ensina que como igreja precisamos ser acolhedores, altruístas, compartilhadores e respeitadores, uns para com os outros, para testemunharmos o amor de Cristo através das nossas vidas. Também aprendemos sobre o valor espiritual da Ceia do Senhor, como memorial do sacrificio de Cristo na cruz e a comunhão respeitosa e reverente que precisamos cultivar entre nós, como igreja de Cristo Jesus. "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (1 Cor 10.31).

"USOS E COSTUMES" (2ª PARTE)

"Pois os cabelos compridos foram dados em lugar do véu." (1 cor 11.6b) Parece que havia uma conflito dentro da igreja dos coríntios quanto a usos e costumes. Isso se deve claramente à caracteristica da cidade de Corinto, com influência grega e sendo metrópole que acolhia pessoas de varias culturas. Havia orientação cultural e religiosa diversificada no contexto social dessa cidade e muitos gregos se converteram ao cristianismo também. O maior "problema" que havia dentro da igreja era, ao que parece, o uso do véu, cabelos compridos e o lugar da mulher dentro do culto da igreja. Havia homens e mulheres que usavam cabeça raspada - era costume grego. Mas havia homens que usavam cabelos compridos também - costume judeu. Entre as comunidades judaicas homens e mulheres cobriam suas cabeças com um véu quando celebravam o culto e as mulheres judias não se manifestavam em público. O uso do véu era costume comum entre todas as mulheres, judias ou gregas. Tinha uma razão de ser: mostrar a condição de submissão da mulher e identificá-la como alguém que contava com a proteção e o amparo da parte de algum homem. O apóstolo Paulo não queria que essa questão perturbasse a comunhão da igreja. Por isso encorajou as mulheres a usarem o véu, com ou sem cabelo comprido, lembrando que o cabelo era "uma glória para a mulher". Os homens não poderiam usar véu porque estariam desonrando sua cabeça (11.4). Mas homens e mulheres poderiam profetizar e orar contanto que a mulher usasse o véu nesse momento, como sinal de submissão a autoridade espiritual (v.5). Um detalhe importante: O apóstolo Paulo deixa bem claro que "usos e costumes" não era, a seu ver, o principal assunto da igreja do Senhor Jesus Cristo e desautorizou a discussão do tema dentro da igreja. Na visão de Paulo, cada homem e mulher devem se colocar no seu lugar, reconhecendo sua condição como servo do Senhor e fazer o que puder para que apenas a "glória do Senhor" seja manifesta. A discussão de "usos e costumes" não edifica a igreja e provoca conflitos no meio do povo de Deus. Então, o apóstolo nos revela a melhor maneira de tratar o assunto: "Assim, quer comais, bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (1Cor 10.31).

"USOS E COSTUMES" (1ª parte)

"Assim, por causa dos anjos, uma mulher deve cobrir a cabeça como sinal de que está sob autoridade." (1 Cor 10.11) O contexto dos crentes coríntios era grego e tinha algumas normas culturais que de alguma maneira repercutiam dentro da igreja e um deles era o modo de se vestir, tanto do homem quanto da mulher. E, como sempre, a mulher era a mais atingida. Havia imposição maior sobre as mulheres, as quais eram orientadas a usarem véu (kalumma), como sinal de submissão a autoridade do marido, significando também que estava sob a proteção de um homem. No contexto fora da igreja a mulher era impedida de participar de reuniões públicas, mas dentro da igreja, o apóstolo Paulo reconhece, admite e autoriza a participação delas, em função do costume cristão que parecia comum a todas as igrejas. Elas poderiam orar ou profetizar, desde que cobrissem seus cabelos com o véu(11.5). No caso do homem ele deveria usar a cabeça descoberta. Mas o apóstolo Paulo sustenta, com base em Gn 1.26-27, a narrativa da criação, que a mulher é a "glória do homem", "o homem é a glória de Cristo" e "Cristo é a glória de Deus". Assim, o uso do véu é sinal de submissão ao marido e a autoridade espiritual (v.10). O apóstolo Paulo deixa claro entretanto que o mais importante é que a Glória e a autoridade de Deus sejam reconhecidas tanto pelo homem quanto pela mulher. Deus está acima de tudo e de todos os usos e costumes, ou da condição de ser homem, mulher, marido ou esposa. Ele reforça que todos nós devemos glorificar o nome do Senhor com a condição que ele nos deu. Deixemos, então, que a glória de Deus cubra nossas cabeças e não nos apeguemos a discussões tolas acerca de usos e costumes, porque esse não é o principal assunto das igrejas do Senhor Jesus. Lembremo-nos que Deus nos chamou a todos nós para orar e profetizar para sua honra e para a sua glória. Amém!

"SEDE MEUS IMITADORES"

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." (1 Cor 11.1) Chegamos aos capítulos 11 e 12 de 1 Corintios e precisaremos ficar por aqui algum tempo. O apóstolo Paulo trata de usos e costumes dentro da igreja, da celebração da Ceia do Senhor e o modo de celebra-la, da diversidade dos dons espirituais, sua utilidade para a igreja e a unidade entre os membros do corpo de Cristo, tudo aplicado à vida cristã e à comunhão da igreja. Todos estes temas são bastante complexos e vamos aproveitar isso para abrir reflexões simples, mas claras, a respeito de cada tema, também a partir de uma abordagem histórico-cultural. Não queremos correr o risco de provocar confusão ou lançar ainda mais dúvidas quanto a esses temas que são alvos de muita "especulação" da parte de alguns crentes. Nossa leitura ficará retida por, alguns dias, em torno desses capítulos porque eles exigem mais cuidados na reflexão. Isso é importante e necessário. Será uma oportunidade para respondermos algumas dúvidas alimentadas pelos crentes em geral. São eles: - a mulher é menos importante ou tem menos direitos dentro da igreja? - o modo de celebrar a Ceia do Senhor e seus desdobramentos; - o Espírito Santo e os dons espirituais; - a unidade da igreja do Senhor Jesus Cristo. Acompanhe. Se você se interessa por uma compreensão maior dos textos bíblicos e está lendo as cartas de Paulo, o apóstolo, conosco, certamente será um tempo muito especial e de maior conhecimento bíblico para você. Deus te abençoe.

""NÃO SOU LIVRE?"

"Mas cuidado para que essa liberdade não se torne em motivo de tropeço para os fracos." (1 Cor 8.9). Jesus declarou: "Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." (João 8.36). O Senhor Jesus nos libertou do pecado e do poder do pecado, e não para pecarmos deliberadamente. Existe um ditado antigo e muito usado pelas pessoas que diz: "Liberdade sem responsabilidade é libertinagem". Parece que é isto que o apóstolo Paulo quer ensinar nas coisas que escreve nos capítulos 8 a 11. Ele fala de liberdade mas recomenda cuidado para que o uso dessa liberdade não provoque escândalo na vida do próximo, do irmão em Cristo mais fraco ou inexperiente na fé. Liberdade mal usada pode ser pecado contra nossa consciência e a consciência do irmão. O apóstolo apela para os usos e costumes para ilustrar o assunto - a comida. Se aquilo que eu gosto de comer, a maneira como me comporto quando estou comendo ou com quem costumo comer provoca escândalo em quem está perto de mim, anda comigo e me observa, então é melhor eu evitar isso para que não seja eu o que vai provocar tropeço na fé do irmão em Cristo (8.11-13). Conclui-se que somos livres, mas nossa liberdade termina onde começa a do outro. Temos liberdade para fazer qualquer coisa desde que não cause prejuízo ao próximo, ferindo a sua fé e a sua consciência. É bom lembrar a declaração do apóstolo Paulo quando diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas são edificantes." (1 Cor 10.23). A maneira como você usa a sua "liberdade" é responsável, respeitável, coerente e abençoadora? Os que estão à sua volta te admiram pela forma como você usa toda a liberdade que diz ter? Amém! Você está glorificando o nome do Senhor. Mas se não fôr assim aqui vai um alerta: não transforme sua liberdade e motivo de tropêço e escândalo na vida dos que estão à sua volta. É pecado contra o próximo, contra a igreja e contra Cristo Jesus! Para terminar sugiro que leia 1 Cor 10.31 e reflita em oração. "Senhor. Me ajude, para que eu possa usar bem a liberdade que o Senhor me deu através de Jesus Cristo. Obrigado por essa liberdade!

"CASADO OU SOLTEIRO?" (II)

"Estás casado? Não procures separação. Estás solteiro? Não procures casamento." (1 Cor 7.27) Este capítulo é muito curioso do ponto de vista das orientações do apóstolo Paulo aos casados e aos solteiros. O verso 27 é prova disso. Ao que parece o apóstolo Paulo não se interessa muito pelo casamento, mas ao mesmo tempo encoraja os casados a levarem o assunto a sério. Por outro lado ele recomenda a "solteirisse" porque o solteiro pode investir mais da sua vida no reino de Deus, coisa mais dificil para os casados - "...os que se casam enfrentarão as dificuldades na vida terrena; e eu gostaria de poupar-vos." (1 Cor 7.28). Ao mesmo tempo recomenda: "Mas, se não conseguirem dominar-se, que se casem. Porque é melhor casar do que abrasar." (1 Cor 7.9). Parece contraditório, mas não é. Um pouco mais adiante ele declara: "somente vida cada um conforme Deus o chamou. É isso que ordeno em todas as igrejas." (v.17). Donde se conclui que o mais importante então é permitir a atuação de Deus na vida. Você está casado(a)? Coloque seu cônjuge diante de Deus e peça-lhe para dirigir o seu casamento e lhe ajudar a buscar tempo e oportunidade para servi-lo da melhor maneira possível. Você está solteiro? Peça que o Senhor lhe dê condições de continuar assim, te livrando das "paixões da carne" e lhe dando forças para seguir em frente dedicando todo o seu tempo àquilo que Ele - o Senhor - determinar para sua vida. Mas se você sentir que não resistirá ao "abrasamento" então peça socorro a Deus, para que lhe mande uma esposa segundo a vontade Dele. Mas se case. Pelo amor de Deus! Casado ou solteiro? Ore pedindo provisão e orientação a Deus para a sua vida. Ele sabe o que é melhor para todos nós. Amém!!

"CASADO OU SOLTEIRO?" (1ª parte)

"Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que foi chamado." (1 cor 7.24) O capítulo 7 de 1 aos Corintios é desafiador. Podería chamá-lo de "cartilha do casamento", porque aqui o apóstolo Paulo trata de questões conjugais envolvendo os crentes e parece estar respondendo a algumas perguntas sobre vida conjugal. Ele começa dizendo que "é bom que o homem não toque em mulher" (7.1), mas já que a maioria não consegue essa "proeza" então é necessário que se case com uma mulher e se dedique a ela, e cuide dela com respeito e responsabilidade não se negando a ela a não ser para o tempo de oração, mas depois deve voltar a procurá-la. O apóstolo ensina que marido e esposa não tem autoridade sobre o próprio corpo e por isso não devem negar-se um ao outro, para que satanás se aproveite disso e leve algum desses ao pecado pela falta de controle pessoal. Paulo é contra o adultério, a fornicação, a poligamia e o divórcio. Então ele ordena que homem e mulher devem permanecer casados até o fim da vida de ambos ou um dos dois - nesse caso - a viuvez. Quando um dos dois não e´convertido o outro é desafiado a viver com ele (ou ela) "até que a morte os separe", a menos que um dos dois decida, voluntáriamente, deixar o casamento porque o outro "virou crente". E nesse caso não se aceita o divórcio. Na Palavra de Deus, casamento é para a vida toda e com uma só mulher ou um só homem. Vamos aplicar à nossa realidade: - Irmã. Você se converteu, mas seu marido não. Nem pense em deixá-lo por isso! Fique com ele, dedique-se a ele, ore por ele e deixe Deus trabalhar com ele; - Irmão. Você se converteu mas sua esposa não. Faça o mesmo! Dedique-se a ela, ore por ela e ministre suas experiências com Deus na vida dela mas deixe que Deus faça a obra. Seja o sacerdote da sua casa e Deus vai honrar seu casamento. O O capítulo 7 de 1 aos Coríntios traz outras riquezas. Trataremos delas nos próximos textos. Deus te abençoe.

"TODAS AS COISAS ME SÃO PERMITIDAS..."

"Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas me são proveitosas. Todas as coisas me são permitidas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas." (1 Cor 6.12) Esse verso está práticamente no meio do capitulo seis e parece fazer uma ligação entre o assunto do capítulo cinco com e seis. Na essência do verso é possível a qualquer pessoa fazer o quiser, mas é preciso que haja coerência, bom senso e equilibrio, e a certeza de que está em condições de pagar o preço pela escolha feita. Nesses dois capitulos o apóstolo Paulo dá uma "bruta bronca" nos irmãos corintios por causa da imoralidade e das brigas que ele sabe existir entre eles, dentro da igreja. De um lado alguém que está "fazendo sexo" com a própria madrasta e do outro, gente brigando nos tribunais de Roma por causa de negócios mau feitos entre eles e expondo à vergonha o Evangelho de Jesus Cristo. Que coisa feia! O apóstolo vê dentro da igreja, gente orgulhosa, infiel, imoral e conivente com o pecado. Ele exorta a entregar o devasso sexual a satanás para que a carne dele seja consumida. Vai perder a comunhão com a igreja porque pecou contra o próprio pai e a igreja de Cristo (1 Cor 5.5). Os brigões e litigiosos são exortados a pensarem em quem são eles - "...quem se une ao Senhor é um espírito com Ele."(1 Cor 6.17); "...fostes lavados e justificados..."(1 Cor 6.11); "...ou não sabeis que o vosso corpo é morada do Espírito Santo que Deus lhes deu?" (1 Cor 6.19); "...por isso glorificai a Deus no vosso coração." (1 Cor 6.20b). Não é preciso dizer que aquele que se diz cristão precisa entender seus compromissos morais diante da vida não é mesmo? A vida cristã tem que ser condizente com o chamado de Deus para cada um de nós. Ele nos chamou para a pacificação, para a pureza e a santidade. Algumas perguntinhas para refletir: (a) Nossa vida cristã tem sido condizente com o ensino da Palavra de Deus e o chamado dele para cada um de nós? (b) Como igreja qual tem sido nossa atitude diante dos pecados sexuais e dos conflitos que muitas vezes tomam rumos indesejáveis no contexto de nossas comunidades. Uma coisa é certa: não podemos e nem devemos tolerar o pecado em nossas vidas e na vida da igreja porque isso não convém e nem é proveitoso. Deus nos ajude!!

"EU SOU DE PAULO, EU DE APOLO E EU DE PEDRO"

"Todas as coisas são vossas, e vós sois de Cristo, e Cristo de Deus." (1 Cor 3.22,23) Parece que havia uma divisão na igreja de Corinto. Gente fazendo política, dentro da igreja, em favor de Paulo, Apolo e Cefas. Discutindo preferências pessoais entre os pregadores da Palavra de Deus. Imagina-se alguém dizendo: "só vou à igreja no dia em que Apolo prega porque ele é muito mais amoroso e as palavras dele são encorajadoras e mansas. Paulo é muito teológico e o Pedro muito agressivo. Prefiro o Apolo." Isso se parece com algo que você já viu ou ouviu? Conhece algum lugar onde isso acontece? O apóstolo Paulo chama isso de obra da carne. Quem age assim é carnal e está agindo contra a unidade da igreja de Cristo Jesus, além de demonstrar que ainda não entendeu que todos nós somos servos de Deus e que todas as coisas são dele, principalmente dentro da igreja. Nós todos somos de Deus, seja Paulo, Apolo, Pedro, ou qualquer outra criatura envolvida com a obra do Senhor. Podemos fazer muita coisa na igreja, mas nada é nosso, porque Deus é o dono de tudo. Aquele que prega, o que ouve a pregação, aquele que batiza e o que é batizado. O alicerce é um só - DEUS. "Porque nós somos cooperadores de Deus e vós sois a lavoura." (1 Cor 3.9). Somos santuário do Espírito Santo - "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Seu Espírito (Santo) habita em vós?"(1 Cor 3.16). Assim, concluimos que na igreja do Senhor Jesus Cristo todos são dele e ele é de Deus. Então todos somos de Deus. Não existe a história de pastor fulano ser melhor ou pregar melhor do que pastor beltrano. Quando alguém diz: eu só vou à igreja no dia em que o grupo tal de louvor fôr "fazer o louvor" está agindo contra o Espírito Santo e prejudicando a unidade da igreja. Isso provoca divisão no Reino de Deus e é obra da carne. Sinceramente: será que você nunca fez isso em algum momento de sua vida? É hora de mudar esse comportamento e abençoar a obra do senhor.

"NÓS TEMOS A MENTE DE CRISTO"

"Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (1 Cor 2.12) A graça de Deus nos foi dada através de Cristo Jesus e fomos enriquecidos nele em toda a palavra e em todo conhecimento. Fomos abençoados com dons e não nos falta nenhum. Somos firmados até o fim para sermos irrepreensíveis até o dia de nosso Senhor Jesus Cristo e isso por causa da fidelidade de Deus. Nós somos de Cristo e fomos batizados em nome dele, porque ele foi crucificado em nosso lugar. Por isso somos dele. Essa é a nossa pregação - "Cristo é o poder de Deus e sabedoria de Deus." (1 Cor 1.24b). Nosso chamado é para a pregação do poder e da sabedoria de Deus, que é mistério oculto ao homem natural mas revelado àqueles que têm recebido o Espírito de Deus - "...aquele que é espiritual compreende todas as coisas..."(1 Cor 2.15). Nós recebemos o Espírito de Deus para compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus (2.12). Por isso podemos dizer que temos a mente de Cristo. Esse testemunho do apóstolo encontra-se nos dois primeiros capitulos da primeira carta aos Coríntios. É um profundo ensino para todos nós, crentes em Cristo Jesus do século 21. O Espírito de Deus foi dado à Sua igreja desde o seu início, o que quer dizer que nós também fomos abençoados com sua promessa, sua fidelidade e os dons que Ele preparou para o Seu povo. Mas a declaração de 1 Coríntios 2.16 vai ficar aqui tansformada em uma pergunta: Será que podemos dizer que todos temos a mente de Cristo? O quê você acha? Deixe sua resposta nos comentários.

"A VOSSA OBEDIÊNCIA É CONHECIDA..."

"Pois a vossa obediência e conhecida por todos..." (Rm 16.19) Que testemunho lindo o apóstolo Paulo dá acerca dos crentes da igreja de Cristo Jesus na Roma antiga. Que coisa maravilhosa ver que em Roma, no meio de um antro de pecado, havia um povo que se esforçava por viver os ensinos de Jesus Cristo, com todas as suas forças, apesar de serem "gentios". O apóstolo Paulo se alegra muito por esses irmãos. Depois de todos os conselhos dados nos capitulos anteriores ele elogia a obediência desses irmãos, enquanto realiza uma despedida e uma série de recomendações de irmãos e irmãs que laboraram com ele, reconhecendo o valor e a importância deles. Ele cita, nome por nome, cada um, e recomenda individualmente à igreja em Roma. Isso revela o quanto os cristãos daquele tempo eram unidos e respeitavam uns aos outros independente da comunidade onde estivessem. Infelizmente hoje isso não acontece mais entre os crentes pós-modernos (séc 20 e 21). O apóstolo Paulo também menciona a necessidade de ter cuidado com os que provocam divisões dentro da igreja, recomendando que é bom afastar-se deles porque servem aos seus próprios interesses e até enganam os mais inocentes com suas "palavras doces e lisongeiras." (v.18). É o que mais se vê nos tempos atuais. Gente provocando divisões dentro da igreja porque quer que seus interesses pessoais fiquem acima de tudo, desprezando a autoridade e a liderança espiritual da igreja. Mas há uma nota muito alegre nesse final da carta de Romanos. A atitude de Paulo ao lembrar e citar cada irmão e irmã, revela que estes e estas eram trabalhadores incansáveis na obra do Senhor. Homens e mulheres com disposição e desprendimento e que dedicaram vida, bens e tempo à obra do Senhor. Glória a Deus. Hoje também existem pessoas assim nas igrejas do Senhor Jesus e estas pessoas devem ser lembradas, honradas, valorizadas porque são obreiros e obreiras valorosas e valorosos, prontos para lutar em defesa da igreja e da obra do Senhor. São dignos de respeito e reconhecimento. Devemos agradecer sempre a Deus por essas vidas e orar por cada um o tempo todo. Obrigado Senhor pela vida desse irmão e dessa irmã que laboram incansávelmente na Tua obra. Abençoe a cada um, em nome de Jesus.

"ACOLHEI-VOS UNS AOS OUTROS..."

"Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu, para glória de Deus." (Rm 15.7) Nos dois capitulos que finalizam sua carta e antes das despedidas do capitulo 16, o apóstolo Paulo deixa conselhos valiosos a respeito do nosso relacionamento como irmãos em Cristo. Por duas vezes ele usa a expressão "acolhei". Rm 14.1 - "Acolhei ao fraco na fé..."; Rm 15.7 - "Acolhei-vos uns aos outros..." Na sequência o apóstolo menciona tipos de comportamentos que podem abençoar ou prejudicar a comunhão dentro da comunidade cristã. A principal orientação dada por ele é que não devemos censurar, criticar ou julgar nosso irmão ou nossa irmã em Cristo. Não se deve julgar uma pessoa pelo que ela gosta de comer ou por algum tipo de convicção que ela tenha. Sua recomendação é que devemos seguir aquilo que promove edificação e paz. Veja o que ele diz em Rm 14.9: "Portanto sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua." Parece que o apóstolo nos recomenda a agirmos e falarmos de tal maneira que possamos promover "edificação mútua" e paz no ambiente da nossa comunidade, não é mesmo? O apóstolo ainda nos orienta aos que são fortes, a suportarem as fraquezas dos fracos e buscar agradar ao próximo e a edificação do outro. Nossos comportamentos com as pessoas mais dificeis e confusas da igreja deve ser acolhimento e suporte. Será quem temos feito assim? Paulo diz que devemos buscar "o mesmo modo de pensar", segundo Cristo Jesus, para que haja unidade entre nós e Deus seja glorificado. Vamos pensar um pouco: Será que temos feito essas coisas em nossa comunidade? Temos sido acolhedores para com nossos irmãos independente do seu jeito de ser, agir, vestir ou falar? Temos ajudado aqueles que são fracos na fé e tentado levá-los a crescerem no conhecimento de Deus? Temos censurado as pessoas à nossa volta ou temos ajudado essas a melhorarem ainda mais a sua fé? Já imaginou em como seria a sua igreja se a partir de você houvesse mais acolhimento, mais respeito, mais unidade e apreciação uns para com os outros. Deus nos ajude.

"VIVEI EM PAZ COM TODOS..."

"Se possível, no que depender de vós, vivei em paz com todos os homens."(Rm 12.18) Os capítulos 12 e 13 de Romanos são maravilhosos. Trazem uma maravilhosa exortação do apóstolo Paulo para ajudar os crentes a viverem a vida cristã de maneira verdadeira, pura e livre. Que benção! Ele recomenda que nos apresentemos a Deus de maneira completa, de corpo de alma, prestando culto sincero e inteligente a Deus, fugindo de toda a aparência do mal, buscando transformação de vida e recusando a influência maléfica e enganosa do mundo com suas oferendas. Nos exorta a usarmos os dons que Deus nos dá, de maneira equilibrada e consciente, lembrando que pertencemos ao corpo de Cristo chamado Igreja e somos ligados uns aos outros pelo sangue de Cristo Jesus e pela comunhão com a igreja local. Nos encoraja a vivermos o verdadeiro amor, demonstrando isso de maneira prática. Quando cuidamos uns dos outros, caminhamos juntos na tristeza ou na alegria, nas tribulações e perseguições, na doença ou na saúde, estamos buscando unanimidade entre nós e buscando a paz com todos. Essas atitudes promovem paz entre nós e nos torna vitoriosos contra o mal, porque "o bem vence o mal" sempre. O apóstolo Paulo nos ensina também a importância do respeito que devemos ter para com as autoridades constituídas sobre nós e orar por elas, lembrando que Deus as colocou sobre nós para cumprir o mandado dEle (Deus). Essa prática revela o amor e nos leva ao cumprimento total da lei - "O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da Lei." (Rm 13.10). Que Deus nos ajude a praticar todos os principios ensinados pelo apóstolo Paulo nesses capítulos e em tudo o que já aprendemos com ele. Amém!

"TODAS AS COISAS SÃO DELE.."

"Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A ele seja a glória eternamente! Amém." (Rm 11.36) Este é o último verso do capitulo 11 de Romanos. Os versos 33-36 são chamados por alguns bibliógrafos de "Hino de adoração". Nestes versos o apóstolo Paulo reconhece o quanto Deus é maravilhoso e quão profunda é rica é a sabedoria de Deus. Reconhece que é impossível compreender as decisões e os caminhos do Senhor. Não há quem possa conhecer os pensamentos do Senhor ou lhe dar conselhos. Nenhum de nós tem capacidade de fazer alguma coisa para Deus ou por Deus, porque todas as coisas foram feitas por Ele, e são dele. Por isso mesmo Paulo declara: "A ele seja a glória eternamente! Amém". Quais ensinos encontramos aqui? Assim como o apóstolo Paulo nós também devemos sempre cantar louvores ao Senhor e adorá-lo, reconhecendo o quanto Ele é maravilhoso; Precisamos reconhecer a soberania, a grandeza e o conhecimento sobrenatural de Deus, em todas as coisas; Devemos reconhecer que todas as coisas foram criadas por Ele, pertencem a Ele e se existem, existem por causa dEle e do Seu poder. Judeus e gentios, nações e tribos e todos os povos e raças do mundo inteiro foram alcançados pela graça salvadora do Senhor através de Jesus Cristo nosso salvador. Você e eu fomos alcançados pelo Senhor, que nos salvou, desde a fundação do mundo, pelo Seu projeto divino. Deus não rejeita ninguém e está sempre pronto a fazer aliança com aquele que entrega sua vida a Cristo, recebendo-o como Salvador e libertador de todos os pecados de sua vida. Adoremos ao Senhor pelo que Ele é, tem e faz. E por tudo o que concede a cada um de nós a tempo e fora de tempo. Adoremos ao Senhor por sua bondade e misericórdia. Amém!

"A FÉ VEM PELO OUVIR..."

"Portanto, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo." (Rm 10.17) Chegamos num ponto da carta aos Romanos onde parece que o apóstolo Paulo está se queixando do povo de Israel (é bom lembrar que Paulo era judeu de sangue com cidadania romana). Nos capítulo 9 e 10 ele fala do fato de que Jesus também nasceu israelita, viveu no meio do povo , pregou para eles, ensinou sobre o amor, a graça e o desejo de Deus - seu Pai, para eles e mesmo assim foi rejeitado. Não foi aceito como Filho de Deus e muito menos como salvador e Messias pelo seu próprio povo, exceto por seus discipulos. Os israelitas escolheram viver debaixo da lei, confiando em sua justiça própria e recusando o evangelho da graça do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo parece ter profunda tristeza por ver que seu povo não aceita que Cristo é o Messias profetizado por Isaías. Eles ouviram e até viram Jesus, mas não creram em sua mensagem e o levaram para cruz achando que estavam fazendo isso por conta própria para, proteger sua religião, mas estavam cumprindo, sem saber, os designios de Deus para a salvação pela Graça de todo aquele que crê em Cristo. Paulo desejava ver Israel salvo porque eles eram zelosos da lei e das coisas de Deus. O problema deles era a tal "justiça própria". Eles acreditavam que sem seguir a lei não há salvação. Mas o apóstolo Paulo ensina que Jesus deu fim à lei - "Pois Cristo é o fim da lei para a justificação de todo aquele que crê" (Rm 10.4). Também ensina que a fé e a confissão são suficientes para a salvação de alguém - "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10.13). Precisamos tão somente confessar Jesus como Senhor e salvador de nossa alma e crer que ele ressuscitou dentre os mortos após sua crucificação e ponto (Rm 10.9 e 10). Nosso nome estará no livro da vida. A salvação é obra de Deus, resultado da Sua graça e do seu amor para conosco. Aqui vai uma pergunta: você já entregou sua vida para Jesus Cristo? Se ainda não, aproveite esse momento, ore ao Senhor Jesus pedindo que ele entre em seu coração, declare com fé que o aceita como o seu salvador pessoal, peça perdão pelos seus pecados e lance todos eles aos pés da cruz ("...pela graça sois salvos, por meio da fé..." Ef 2.5-7).

"GUIADOS PELO ESPIRITO..."

"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (Rm 8.14) Quem vive com Cristo não enfrenta condenação. É livre! Completamente livre do poder da morte e da força do pecado porque o Espírito Santos entra em sua vida e o livra do pecado e da morte espiritual. O Espírito Santo assume o controle de sua vida. Torna-se "herdeiro de Deus e coerdeiro de Cristo..." (Rm 8.17). O apóstolo ensina que nem a Lei, conquanto seja boa, exerce domínio sobre a vida de quem está em Cristo porque tal pessoa foi alcançada pela Graça de Cristo Jesus - "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!" (Rm 7.25a). É maravilhoso saber que com Cristo na vida e debaixo da Graça de Deus, nem a lei, nem a carne ou qualquer outra coisa da vida comum tem condições de exercer domínio sobre nossas vidas. Somente o Espírito Santo de Deus tem domínio sobre a vida daquele que aceita a Cristo e passa a viver seus exemplos e ensinos. Nossa vida se torna totalmente espiritual a despeito de estarmos em um corpo de carne e osso. Nossa alma se torna totalmente, completamente livre do domínio do mundo e das coisas do mundo, e nos tornamos vencedores, sempre vencedores, em todas as lutas que vierem sobre nós porque o Espírito Santo nos socorre em todas elas. Ele habita nosso íntimo e nos conhece no mais profundo do nosso ser. Que benção maravilhosa. Quem vive em Cristo desfruta da Graça de Deus, que nos perdoa e justifica e nos livra do pecado e da condenação espiritual; quem vive em Cristo tem a convicção da presença do ESpírito Santo em sua vida, e que Ele capacita, encoraja e intercede por nós, nos momentos mais aflitivos de nossas vidas, nos tornando vencedores em todos os tempos da nossa vida. Aleluia!! Glória a Deus!!

"DECLARADOS JUSTOS À VISTA DE DEUS..."

"Portanto, agora, desde que fomos declarados justos à vista de Deus, pela fé, podemos ter paz com Ele por meio de Jesus Cristo..." (Rm 5.1) A essa altura de Romanos já podemos perceber que o apóstolo Paulo enfatiza que a "salvação é pela fé" e é resultado do amor e da graça de Deus para conosco. A fé é uma "ponte" que nos leva a desfrutar da Graça e nos torna justificados de todos os nossos pecados. Somos perdoados por Deus tão somente pelo ato de crer que Ele quer nos perdoar e faz isso a partir de Cristo Jesus. Mas Paulo cita um conflito - o poder do pecado e a graça de Deus. O pecado tenta nos afastar de Deus e usa a carne para realizar seu intento. Embora reconheçamos o amor de Deus e aceitemos sua Graça e o poder dela para nos livrar do pecado, nossa tendência é, quase sempre, permitir que a carne nos faça cultivar duvidas a esse respeito. Nosso pensamento é levado a crer que não há jeito para nós porque somos tentados todos os dias e sempre caimos em pecado, e por isso mesmo não somos merecedores do amor e da salvação. Essa atitude nos leva a duvidar da Graça e do perdão que Deus já nos deu, com Sua graça, sua bondade, sua misericordia e seu amor grandioso. O que ele deseja de nós é tão somente que creiamos nisso e recebamos essa dádiva ou presente. Se tomarmos posse dessas coisas nos tornaremos "mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus." (Rm 6.11). O pecado não terá dominio sobre nossas vidas se nos apropriamos da graça de Deus e confiarmos tão somente nela. Resumindo, o que aprendemos com Paulo, aqui em Romanos 5 e 6 é que a fé nos leva a justificação de todos os nossos pecados e nos faz viver em paz com Deus. Estaremos debaixo de Sua Graça o tempo todo, dependendo somente dele e o pecado não terá força sobre nós, porque somos visitados pelo seu Favor Divino o tempo todo. Você não precisa temer o poder e a força do pecado, se estiver saboreando a Graça de Deus e os seus resultados em sua vida.

"JUSTIFICADO PELA FÉ"

"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei." (Rm 3.28) Um dos assuntos preferidos do apóstolo Paulo é a "Graça" de Deus. Ele defende que a salvação da nossa alma e da nossa vida é um favor de Deus e não depende de obras ou qualquer merecimento da nossa parte. Em outras palavras, somente a fidelidade de Deus, seu amor por nós e a fé que precisamos ter em Jesus Cristo como aquele que intermediou o perdão dos nossos pecados diante de Deus é que garantem a nossa salvação e justificação. Ele fala também que nenhum de nós pode dizer que é justo ou que nunca pecou - "Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus." (Rm 3.23). Ele apresenta também o confronto entre a Lei e a fé. Confiar na "justiça própria" não abre caminho para o perdão dos pecados. Ou seja, nada que fizermos pessoalmente vai garantir perdão para nossos pecados. O único caminho é a fé no sacrifício de Cristo na cruz - "...sendo justificados gratuitamente pela sua Graça (de Deus) por meio da redenção que há em Cristo Jesus." (Rm 3.24) Devemos confiar na justiça de Deus somente e, como Deus é amor amor Ele nos justifica segundo o Seu amor e não segundo nossos "merecimentos" coisa que não temos de forma alguma. O quê aprendemos? (a) Todos somos pecadores e nenhum de nós pode dizer que é justo o suficiente para atrairmos a atenção de Deus; (b) Nada que fizermos por nossa própria conta nos justifica diante de Deus; (c) Deus nos salva, perdoa e acolhe por causa do Seu favor divino - sua Graça, manifestada através do sacrificio de Cristo na cruz; (d) O perdão e a justificação dos nossos pecados nos são dados pela fé em Cristo Jesus e o arrependimento dos pecados, independente da nossa condição humana. Graças a Deus pela Sua infinita Graça que nos alcançou e derrama sobre nós a salvação sem mérito algum de nossa parte.

"NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO"

"Porque não me envergonho do evangelho pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; seja judeu ou grego." (Rm 1.16) Romanos é a primeira carta que o apóstolo Paulo escreve, mencionada dentro do Novo Testamento, logo após o livro de Atos. Paulo foi chamado por Jesus de forma sobrenatural, para ser pregador do evangelho entre os não-judeus. No primeiro capitulo de sua carta aos Romanos ele dá graças a Deus pela vida e o testemunho daqueles cristãos e elogia a fé deles. A seguir, menciona três coisas muito importantes que servem de ensino para nós hoje: (1) Todo aquele que crê em Jesus Cristo e entrega sua vida a Ele recebe um apostolado - uma missão - através da graça - que é conduzir pessoas a obediência da fé. Este chamado é para todos aqueles que entregaram sua vida a Cristo; (2) Ele dá testemunho pessoal a respeito de sua disposição e do seu apêgo ao evangelho falando da sua disposição para anunciar o evangelho prontamente, em todos os lugares e que o fará sempre sem qualquer restrição porque não se envergonha do evangelho, porque este é o "poder de Deus para a salvação de todos os que crêem, independente de quem quer que seja; (3) Fala também da fé como elemento principal na vida daquele que se entregou a Cristo e que é por ela que devemos viver - "O justo viverá pela fé."(v.17). O que aprendemos? Fomos chamados por Cristo para um apostolado, sim, a missão da pregação do evangelho, e para cumprirmos esse "apostolado" precisamos do apêgo ao evangelho e não podemos nos envergonhar de sermos crentes. Também não podemos envergonhar o evangelho com nosso mal testemunho, mas precisamos viver sempre pela fé que nos foi concedida pelo Senhor Jesus.